A Corte de Trás-os-Montes |
|
|
 |
|
Vial Real é uma antiga cidade portuguesa, localizada
na confluência dos rios Corgo e Cabril. É a capital
do Distrito de Vila Real, situada na Região Norte e
sub-região do Douro e na antiga província de
Trás-os-Montes e Alto Douro, com cerca de 30 mil
habitantes no seu perímetro urbano (2012). É cercada
por vários maciços montanhosos, ao oeste, pela
serras do Alvão e do Marão, e ao sul, pela Serra de
Montemuro. Vila Real ostenta belíssimas casas
patricianas ornadas de brasões, com janelas
manuelinas e varandas tradicionais em ferro forjado,
além de sublimes obras-primas do arquiteto italiano
Nicolau Nasoni, como a Igreja da Misericórdia e a
Igreja dos Clérigos.
A região de Vila Real guarda vestigios de ter sido
habitada desde o paleolítico, o período mais antigo
da pré-historia. Sinais de povoamentos posteriores,
como o Santuário Rupestre de Panóias, revelam a
presença romana. Com as invasões bárbaras e
muçulmanas verifica-se, porém, um despovoamento
gradual. |
No final do século XI, em
1096, o conde D. Henrique atribui foral a Constantim de
Panóias, de modo a promover o povoamento da região. Em
1272, como novo incentivo ao povoamento, atribuiu D.
Afonso III foral para a fundação — sem sucesso — de uma
Vila Real de Panoias. Somente em 1289, por foral do rei
D. Dinis, a Vila Real de Panóias é fundada de fato,
tonando-se a cidade atual.
A localização privilegiada, no cruzamento das estradas
Porto-Bragança e Viseu-Chaves, permite um crescimento
sustentado. Com o aumento da população, Vila Real
adquiriu, no século XIX, o estatuto de capital de
distrito e, já no século XX, o de capital de província
e, em 1925 a localidade foi elevada a cidade. |
|
 |
|
 |
|
Uma
interessante atração local é o
Santuário de Panóias, também chamado de
Fragas de Panóias, um santuário rupestre da
época romana, único na Península Ibérica
Sua construção remonta ao final do século II
/ início do século III d. C. |
|
Foi a
terceira cidade portuguesa a receber abastecimento
de energia pública e a primeira a produzir energia
hidrelétrica, no ano de 1894.Conheceu um grande
incremento com a criação da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro, em 1986 (embora esse já
viesse a acontecer desde 1979, com o Instituto
Universitário de Trás-os-Montes e Alto Douro,
sucessor do Instituto Politécnico de Vila Real,
criado em 1973), que contribuiu para o aumento
demográfico e revitalização da população.
|
 |
Nos últimos anos,
foram criados em Vila Real vários equipamentos
culturais, que trouxeram novo dinamismo à cidade,
como o Teatro de Vila Real e o Conservatório de
Música, e a transferência da Biblioteca Municipal e
do Arquivo Municipal para edifícios específicos para
esse fim. Foram também valorizadas várias áreas da
cidade, como o antigo Bairro dos Ferreiros e a área
envolvente do Rio Corgo.
Hoje, Vila Real passa
por uma fase de crescente desenvolvimento, a nível
industrial, comercial e dos serviços, com ênfase na
saúde, na educação e no turismo,, apresentando-se
como um pólo para investimentos externos. |
 |
O
clima
de Vila Real é
mediterrânico, com verões moderadamente quentes, mas
em transição para o temperado marítimo, com
temperaturas médias anuais de 13,3 °C e a
precipitação anual acumulada superior a 1000 mm.
|
 |
Entre as atrações turísticas da cidade destaca-se a
Casa de Diogo Cão, construída na segunda metade do
século XV e onde, supostamente, nasceu o navegador,
Diogo Cão, que descobriu a foz do rio Zaire; A
Capela de São Brás também é outro ponto turístico
imperdível, onde se encontra o tumulo de João
Teixeira de Macedo, falecido em 1506, homem da
corte, do Conselho real, que se destacou ao serviço
de D. Afonso V, no Norte de África, e de quem obteve
o vínculo da capela com o objetivo de convertê-la em
panteão familiar.
|
|
Outras páginas da
série CANTO PORTUGUÊS |
|