Se Lisboa
fosse um sabor, seria de pastel de nata. Um cheiro,
seria de maresia. Um som, de fado. Uma árvore, um
jacarandá. |
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Captar
Lisboa, no entanto, não pode se resumir a estas
poucas palavras. Vive-se Lisboa. Fisicamente, a
cidade demanda fôlego, muito fôlego. Será preciso
percorrer o bairro de Chiado e pausar no café A
Brasileira, como fazia Fernando Pessoa, para um
cafezinho. Subir até o alto do Alfama onde o Castelo
de São Jorge foi erguido e contemplar a cidade e
seus monumentos a partir dos miradouros, como o de
Santa Luzia. Mais tarde, subir ao Bairro Alto para
uma alegre noitada.
Percorrer os bairros que margeiam o rio Tejo também
requer algum esforço. Na época das grandes
navegações, durante os séculos XV e XVI, o bairro de
Belém era o porto de onde zarpavam as caravelas.
Embora ali estejam alguns sítios históricos
interessantíssimos, como o Monastério dos
Hieronimitas e a Torre de Belém, o lugar passa hoje
por uma profunda mutação por conta do Centro
Cultural - um complexo que reúne diversos locais de
exposições, como o Museu Coleção Berardo.
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Entre o mar e o rio, a capital lusitana
soube modernizar-se. Fachadas azulejadas,
escorregadias calçadas de pedras
portuguesas, igrejas, arquitetura barroca, a
mais antiga livraria do mundo – fundada em
1732 – convivem hoje com criações de Frank
Gehry, Renzo Piano (Jardins de Braço de
Prata) e de Álvaro Siza Vieira, projetista
da ponte Vasco da Gama, a mais extensa da
Europa. |
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É difícil resistir a todos os seus encantos,
pois Lisboa também dispõe de boutiques de
alta costura, galerias underground, cafés
artísticos e antiquários. Se lhe sobrar
alguma energia, saia da cidade e descubra os
vilarejos históricos de Sintra e Cascais, e
também as praias oceânicas ainda virgens da
região de Comporta.
Lisboa requer bastante envolvimento para
mostrar-se em toda a sua autenticidade. No
entanto, ela nunca decepcionará. |
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série CANTO PORTUGUÊS |
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